domingo, 5 de dezembro de 2010

Primavera

                                Não amarás o próximo, só a ti mesmo


  
   Quando se pensa em amor, vem à mente os romances da ficção, aqueles com finais felizes. Mas, a maioria sabe que o idealismo romântico, retomado com as telenovelas, não é real. Pois, o mundo contemporâneo é egoísta, característica que diverge das definições de tal sentimento.
   Diante do exagero do consumo e da busca constante pela satisfação pessoal, se percebe, nesta sociedade, a dificuldade de tantos em viver relações estáveis, seja com um companheiro, ou pessoas de outros laços afetivos. Isso é percebido através da banalização do casamento e, por conseguinte, a falência da instituição familiar; fatos que levam ao descrédito em relação à sobrevivência da amabilidade.
   A maneira como os indivíduos vivem não nos permite acreditar num futuro promissor para o amor, já que ele é generoso e requer entrega de ambos. Essa descrença ocorre ao perceber-se que a paixão se tornou mais importante, todos querem viver intensamente, mas só conseguem ir até onde lhes convêm, pois nas primeiras divergências não se aceitam.
   Desse modo, por mais complicado que seja mudar as perspectivas para essa maioria, não se pode esquecer dos tantos que ainda defendem e divulgam o ato de amar. E, para não deixar os romances na recordação de um passado remoto, deve haver a consciência de se formar uma memória amorosa hoje, para que o primeiro dos mandamentos não seja distorcido.


Larissa

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